Os principais eventos da rotina de bordo são ordenados
por toques de apito, utilizando-se, para isso, de um apito especial:
o apito do marinheiro. O apito serve, também, para chamadas
de quem exerce funções específicas ou para alguns
eventos que envolvam pequena parte da tripulação. Ele
tem sido, ao longo dos tempos, uma das peças mais características
do equipamento de uso pessoal da gente de bordo. Os gregos e os romanos
já o usavam para fazer a marcação do ritmo dos
movimentos de remo nas galés.
Com o passar dos anos, o apito se tornou uma espécie
de distintivo de autoridade e mesmo de honra. Na Inglaterra, o Lord
High Admirai usava um apito de ouro ao pescoço, preso por uma
corrente; um apito de prata era usado pêlos Oficiais em Comando,
como "Apito de Comando". Eram levados tais símbolos
em tanta consideração que, em combate, um oficial que
usasse um apito preferia jogá-lo ao mar a deixá-lo cair
em mãos inimigas.
O apito, hoje, continua preso ao pescoço por um cadarço
de tecido e tem utilização para os toques de rotina
e comando de manobras. As fainas de bordo, ainda hoje, em especial as manobras que
exigem coordenação e ordens contínuas de um Mestre
ou Contramestre, são conduzidas somente com toques de apito.
Fazê-lo aos gritos denota pouca qualidade marinheira do dirigente
da faina e sua equipe.
O Oficial de Serviço utiliza um apito, que não
é o tradicional, e serve para cumprimentar ou responder a cumprimentos
dos cerimoniais (honras de passagem) de navios ou lanchas com autoridades
que passam ao largo; mas, o cadarço que o prende ao pescoço
mantém-se como parte do símbolo tradicional.Os toques de apitos estão grupados, por tipos, em toques de:
Continência e Cerimonial, Fainas, Pessoal Subalterno, Divisões e
Manobras
APITO DE MARINHEIRO
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